sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

a insanidade me mantém
viva

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

MINERAR O BRANCO

random
a itália é contínua
cidades contínuas
rua, praças, muitas
construções contínuas no tempo
e no espaço
espaços vazios preenchidos pelo peso da história
espaços que transbordam,
público e privado
criatura e criação
caldo de cultura
cimento
sobreposições
e tempo


Luna

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

chove
chove muito lá fora
meu coração transborda de fora pra dentro
inquieto
insípido
incolor
pequenino


Luna

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

ahh tá brigada


Renata (cunhando Maripousa)
sua independência ainda te deixa cega

zakia hachem

sábado, 6 de dezembro de 2008

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

quando a vida invade
a poesia me vem a boca
e um leve sabor de anis
me bate à porta

temo não ter chão
no segundo seguinte.
pulso acelerado
olhos que vêem

a loucura visita
finjo não ter pressa
convido-a para um café
e gozo sua estadia


Luna
Los sonidos m'invadem a alma
gota de mágoa doce
que inunda o coração

o vinho inebriante
(sim, mais uma vez o vinho)
aguça o desejo
e a poesia
e nos vemos novamente
reféns.
da gota,
do som,
da embriaguez
e da dor


Luna

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A solidão é uma coisa muito engraçada. Pega a gente de surpresa. De repente estamos bem, cantando alegremente a existência. No momento seguinte aquela pontada de tristeza anoitece o coração. Vai entender. Ele aperta, fica miúdo, quietinho, à espera de alguém que o sacuda.
Tô colocando meu coração à mostra. À espera de saculejadas.
Será que alguém se interessa por isso?


Luna
a poesia tá em todo lugar
é tudo uma questão de olhar
e a rima nem foi proposital

hoje a poesia me visitou pelo olfato
era o cheiro de pão da casa da minha vó.
Não era qualquer pão. Nem qualquer cheiro.
Era pão de padaria, mas comprado pelo meu vô.
Era uma mesa comum, mas a da sala da vovó.

e aquele cheiro único, invadindo o meu pensamento de água na boca.


Luna