A beleza já esteve
em formas
redondas
semelhantes
harmônicas
Hoje
hoje a beleza tá na vida
errada
escura
Às vezes
nenhuma perfeição
um traço torto
humanidade
a beleza saiu
passeou pelo mundo
descansou nos seus lábios
finos
tortos
lindos
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Ainda que eu tenha tentado fazer um quadro sem brancos
E pintar toda a minha tela
Ver em toda ela cores que me fizessem sentido e que me fizessem parte
E me colocar nessa situação de completude
Nem no quadro isso é possível
Nem minha tela está completa
Repousa a anos-luz dessa possibilidade
E talvez nunca chegue lá.
E pintar toda a minha tela
Ver em toda ela cores que me fizessem sentido e que me fizessem parte
E me colocar nessa situação de completude
Nem no quadro isso é possível
Nem minha tela está completa
Repousa a anos-luz dessa possibilidade
E talvez nunca chegue lá.
O verde é o que me permite sobreviver
É o que me trouxe até aqui
É onde está minha segurança
E o meu ser
Passado
O azul anuncia um novo substrato
E na mistura do vermelho
Torna-se roxo
Indeciso
Mas forte.
O substrato tem camadas não pintadas
Um branco tão branco que não faz o menor sentido
O substrato só faz sentido pra mim.
Ou, o substrato não faz sentido algum.
O que importa nele não é a cor,
É a experiência.
O que importa nele é a vida.
Crua.
É o que me trouxe até aqui
É onde está minha segurança
E o meu ser
Passado
O azul anuncia um novo substrato
E na mistura do vermelho
Torna-se roxo
Indeciso
Mas forte.
O substrato tem camadas não pintadas
Um branco tão branco que não faz o menor sentido
O substrato só faz sentido pra mim.
Ou, o substrato não faz sentido algum.
O que importa nele não é a cor,
É a experiência.
O que importa nele é a vida.
Crua.
Entre a arte e o mundo
Uma parede roxa escura
É ela que separa
O cinza da vida
Da cor da vida
O passado tem paredes mais grossas
Meu presente se desvia
Se permite
É bem verdade que o roxo foge da parede
E por vezes alcança tanto um lado quanto outro
De uma hora pra outra
Uma flor linda aparece
Como uma brisa leve
Que toca nosso rosto como se fosse poesia
É bem verdade que o roxo pode sair
A arte tem mais sangue que a vida
Uma parede roxa escura
É ela que separa
O cinza da vida
Da cor da vida
O passado tem paredes mais grossas
Meu presente se desvia
Se permite
É bem verdade que o roxo foge da parede
E por vezes alcança tanto um lado quanto outro
De uma hora pra outra
Uma flor linda aparece
Como uma brisa leve
Que toca nosso rosto como se fosse poesia
É bem verdade que o roxo pode sair
A arte tem mais sangue que a vida
Tenho medo da convulsão
Tenho medo de me perder e nunca mais voltar
Que faço desse mundo de ilusão que crio pra mim
Ou de extrema realidade
Que faço das cores que invadem, e me tiram o sentido tosco da vida?
O que vou fazer se não mais suportar não vive-las??
Tenho medo
Medo profundo por não ter mais controle de mim
Tenho medo de me perder e nunca mais voltar
Que faço desse mundo de ilusão que crio pra mim
Ou de extrema realidade
Que faço das cores que invadem, e me tiram o sentido tosco da vida?
O que vou fazer se não mais suportar não vive-las??
Tenho medo
Medo profundo por não ter mais controle de mim
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Seus cabelos eram azuis. Ou talvez lilás, verde-água, com rajadas amarelas.
A boca, muito vermelha, anunciava o gozo de sua existência.
A sombra verde que seus olhos produziam no rosto pálido e magro reluzia ao invés de dormir.
A sombrancelha tinha tons roxos, que se mesclavam ao marrom do nariz.
Uma linha azul escura caminhava em torno daquela mulher, protegendo-a como a um filho sem mãe.
Rajadas amarelas e arco-íricas provavam sem êxito ultrapassá-la.
Um dia a mulher divertiu-se com a pequena rosa que nascia sob a aspereza do asfalto cinza em frente à sua casa e a aquarela mesclou para sempre sua existência multicor.
A boca, muito vermelha, anunciava o gozo de sua existência.
A sombra verde que seus olhos produziam no rosto pálido e magro reluzia ao invés de dormir.
A sombrancelha tinha tons roxos, que se mesclavam ao marrom do nariz.
Uma linha azul escura caminhava em torno daquela mulher, protegendo-a como a um filho sem mãe.
Rajadas amarelas e arco-íricas provavam sem êxito ultrapassá-la.
Um dia a mulher divertiu-se com a pequena rosa que nascia sob a aspereza do asfalto cinza em frente à sua casa e a aquarela mesclou para sempre sua existência multicor.
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