E de repente eu tô aqui de novo, com essa sensação imensa dentro do peito, a enorme quantidade de ar parado, onde os órgãos bóiam, sem desculpas pra existir. E essa vagueza que não me diz o que fazer, que me confunde e não se dá nem mesmo o trabalho de gritar algo na minha cara. Essa falta, mas a falta era do que mesmo? E nem eu consigo entender o que falta dentro, fora, pra mim, de mim, comigo, em mim. Eu não sei nem o que saber, nem se nada sei, nem se alguma coisa me passa seriamente pela cabeça. E esse cruzamento sem via permanece até a próxima meditação, sozinha no banheiro ou chorando no meu quarto. Porque aí eu sei. Sei o que preciso no agora, sei como sobreviver, sei que não é fácil, mas que existem caminhos. Sei que posso conquistar alguma coisa, mas aquilo que era mais essencial, que vinha antes disso tudo continua vazio e inflando e querendo fazer explodir um pedaço do mim, ou quem sabe todo ele.
O que eu quero é sobreviver?
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